terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O que você já fez pra mudar —ou pelo menos chacoalhar—a estrutura política na sua cidade?


Por Valdecir Ximenes

Esse texto foi inspirado em um artigo do Fred Fagundes na revista PapodeHomem http://papodehomem.com.br/o-que-voce-ja-fez-pra-mudar-ou-pelo-menos-chacoalhar-a-estrutura-politica-na-sua-cidade/

VOCÊ, eu, todos temos um papel essencial na sociedade em que vivemos. Não somente no papel social de ser mais um vegetando nesse mundo de meu deus. Mas essencialmente como atores protagonistas do desenrolar das nossas sociedades. No agir, se envolver com as coisas, no mudar, ou não, da coisa toda.
Colocando a primeira pedra
Falar de sociedade é falar de política e falar de política é falar de sociedade, por que uma está entrelaçada na outra. E os partidos políticos? Eles fazem parte naturalmente desse entrelaçamento. Estão conectadas pelo papel mútuo que se entrelaçam desde a formação das comunidades mais remotas. Como atores sociais, temos o nosso papel principalmente importante, na apresentação e discussão de propostas que mudarão os rumos da nossa comunidade, a saber, município, estado, país, mundo.

Mas até aí, nenhuma novidade, né cara pálida? Bom, é assustador a apatia de nossos contemporâneos perante os problemas essenciais da comunidade. Por apatia mesmo, por imbecilidade, por falta de maturidade política, por ignorância (falta de educação, cultura, etc). Por “um paiol de bobagens”, é certo. O problema é que estamos vivenciando uma preocupação debilitada de parte das pessoas que se dizem “preocupadas” com a municipalidade. E isso “cumpáde” não é novidade. Mas é assustador.
          
Assim não, cara pálida!
Em termos de município tornou-se comum a utilização de infames trocadilhos e expressões modistas em títulos e legendas em sites e blogs anônimos. Uma preocupação às avessas com o município. Uma técnica chula e baixa de gerar acesso à página e pegar um público genérico não interessado no fato, fazendo com que a piada ganhe mais destaque que a pauta noticiada. Uma forma covarde de jogar poeira nos olhos de outras pessoas que se não apáticas, levadas por instintos animalescos de criticar bestamente as coisas ao invés de mostrar os problemas (e a cara) para que se possa tentar reverter engrenagem que está erradamente andando.
De parte de quién?
Além disso, parece que estamos em ano de eleição. As publicações referentes aos nossos representantes resumem-se em comentários bobos sobre o passado, a cidade de onde se é, as mudanças de postura de acordo com os interesses políticos e críticas desconexas que qualquer pré-adolescentes posta na timeline do Facebook, sem contudo agregar qualquer alternativa para o problema crucial que se quer mudar ou apontar saídas. Algo pequeno, razoável, pouco para quem tem o dever de acender a fagulha que molda a opinião de uma comunidade.

Esse interesse às avessas de algumas pessoas é símbolo de mentalidades cheias de melindres. Melindres políticos é verdade. Mas não há de errado nisso. O problema é a distorção da crítica. Nítida a postura/intenção de quem faz isso. É óbvio que utilizar uma mídia virtual como parâmetro é uma bobagem, mas a falta de ação e personalidade das ideias políticas existente, por exemplo, nos “periódicos” da internet reflete na reação de quem é postador da mensagem: preguiça/incompetência/mesquinharia. E para o receptor: preguiça. E o mais crítico: falta de cultura e posicionamento político sábio, que todas as pessoas devem ter por que vivem em sociedade e como já falei...

Compreendo as dificuldades. Anos no obscurantismo é de lascar a mente das pessoas. Cidadezinha miúda tem dessas coisas. Mas estou analisando as nossas visões de munícipes. As opiniões publicadas em alguns desses veículos – que são muito importantes, diga-se de passagem - nos últimos meses são batidas, as análises sem fundamento e as opiniões absurdamente rasas. A bem da verdade, tem gente que pensa que política é o mesmo que eleição. E quando chegam as eleições, pensam que chegou a “política”. Isso é muito ruim para a nossa sociedade, principal dependente do indispensável tom crítico das pessoas que a compõem.
Obscurantismo é de lascar!
De novo, quando falamos em política, falamos de sociedade. A ideia desse texto é analisar de modo minimamente crítico essa lacuna que pode ser prejudicial ao município – a de falta de diálogo entre os munícipes e os nossos representantes. E o modo que as pessoas encontram para criticar estar sendo usado de modo chulo e mesquinho. Não tem nada de “perigoso” em indicar uma alteração na estrutura de uma ferramenta. E não acho que se deva se esconder por apontar eventuais erros. Muitas transformações nascem a partir das possibilidades que focam no debate. Portanto, responda: o que você já fez pra mudar — ou pelo menos chacoalhar — a estrutura política na sua cidade?

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