sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Ariano Suassuna: A arte como missão


Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa, 16 de junho de 1927) é um dramaturgo, romancista poeta paraibano. É o atual secretário de assessoria ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

É assíduo defensor da cultura do Nordeste e autor do Auto da Compadecida e A Pedra do Reino entre outros.







Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.

Obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O Céu não comporta mesmice

Se todo céu fosse o mesmo
E toda lua me contasse a mesma história
Ainda assim valeria a pena fita-lo para sempre
Mas sei que a mesmice não se ocupa da imensidão do céu
A mesmice só se ocupa de nós enquanto ilusão
Enquanto ilusão de que tudo continua
Quando, na verdade, nem mesmo nós
Pobres vaidades (diria Pessoa) de carne e osso
Somos mais que uma ilusão passageira
Viajante talvez entre os céus e as terras
Que o Mistério desvela aos poucos e aos loucos
Deste véu chamado ignorância
Através do negror do espaço.

Benedito Rodrigues

Dez músicas em que o som do baixo é notório


O som do rock é conhecido sobretudo pelo som estridente e solos magníficos das guitarras e quase nunca se ouve nitidamente o som do contrabaixo. Listamos a seguir dez sons em que o destaque na linha de frente é o baixo, para que ninguém diga que este instrumento não é importante. Ou por que não o escutamos ou não estamos com o ouvido afinado ou ambos.



The Electric Bass.

1. Peace sells (Megadeth)
2. My friend of misery (Metallica)
3. Rocket queen (Guns N Roses)
4. Pay lies on the riverside (Live)
5. Papo reto (Charlie Brown Jr.)
6. Olhar 43 (RPM)
7. Entra nessa (TNT)
8. Anesthesia … pulling teeth (Metallica)
9. No more tears (Ozzy Osbourne)
10. Addicted To That Rush (Mr. Big)

Por Valdecir Ximenes

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O homem contra a máquina

por Valdecir Ximenes

Garry Kasparov é um campeão russo de xadrez. É considerado o maior enxadrista de todos os tempos e um herói nacional da Rússia. Lá já concorreu a presidência contra o Vladimir Putin. 

O homem.
Mas esse texto fala sobre o cérebro contra a máquina. Nesse caso aqui, contra o computador. Em 1997 Kasparov disputou um torneio contra o supercomputador da IBM (o Deep Blue). Em Fevereiro de 1996 o computador de xadrez da IBM venceu Kasparov em um jogo usando controles de tempo normal no Jogo 1. Mas Kasparov reagiu bem, terminando com 3 vitórias e 2 empates e ganhando facilmente a disputa.

Em maio de 1997, uma versão atualizada do Deep Blue derrotou Kasparov com um placar de 3½–2½ em uma disputa muito divulgada. Após cinco jogos, os dois jogadores estavam na mesma, porém Kasparov foi vencido do Jogo 6. Esta foi a primeira vez que um computador venceu um campeão mundial em uma disputa. Um documentário sobre este evento foi feito, intitulado Game Over: Kasparov and the Machine.

A máquina
Kasparov declarou que muitos fatores pesaram contra ele nesta disputa. Em particular, foi negado a ele o acesso aos jogos recentes do Deep Blue, enquanto o time do computador poderia estudar centenas dos jogos de Kasparov.

Após a derrota, Kasparov disse que algumas vezes percebeu profunda inteligência e criatividade nos movimentos do computador, sugerindo que durante o segundo jogo jogadores humanos, em contravenção às regras, fizeram intervenções. A IBM negou que tenha trapaceado, dizendo que a única intervenção humana ocorreu entre jogos. A regra para que os desenvolvedores modificassem o programa entre jogos foi uma oportunidade que eles disseram que usaram para reforçar fraquezas nas jogadas do computador reveladas durante o curso da partida. Kasparov requereu acesso aos registros da máquina mas a IBM recusou, embora tenha publicado-os na internet posteriormente. O Kasparov pediu uma revanche, mas a IBM negou e aposentou o Deep Blue, o que foi visto por Kasparov como uma forma de cobrir as evidências de adulteração durante o jogo. Mas deixamos o mérito da questão para outros. O foco é outro.
O combate.
A pergunta que quero levantar é como um homem consegue vencer uma maquina que calcula bilhões de lances enquanto ele calcula um lance apenas? Como pode o  cérebro humano ser tão potente? Como pode Kasparov vencer e ainda dizer que se tivesse assistido ao jogo da máquina com outros jogadores ele conseguiria vencer facilmente o Deep Blue? Eu pessoalmente fico impressionado.

Acredito que o ser humano é a mais potente das máquinas. Haverá, mas dificilmente, uma máquina que o vença em termos de inteligência. Nós podemos ser polivalentes em tudo. Assim deve ser nossa existência. Sermos superiores em tudo, até mesmo superiores às máquinas, tal qual Kasparov o é.

Kasparov se aposentou. Agora é todos nós contra as máquinas!

domingo, 26 de janeiro de 2014

Sobre o Ensino Religioso nas escolas


Uma disciplina que se mantém bravamente nas grades curriculares, apesar de perder adeptos, sendo ofertada como facultativa em algumas escolas e em outras de forma obrigatória. Serve também como coringa, oportunizando que um professor complete sua carga horária e é vista como a única que ainda ensina valores morais aos alunos. Refletir sobre sua relevância em sala de aula é importante numa sociedade laica.
Em princípio sou contra o Ensino Religioso nas escolas. Assistindo a um vídeo com uma palestra do filósofo e ateu notório Daniel Dennett, porém, passei a, pelo menos, repensar o assunto. Ele defende que no ensino fundamental deve se estudar todas as religiões assim como são estudados todos os fenômenos naturais. Propõe que devem ser mostradas para as crianças as crenças existentes no mundo, ensinando seu funcionamento, seus dogmas, suas proibições, seus livros, seus pré-requisitos para a entrada em cada uma delas. Segundo ele, “a democracia depende de uma cidadania informada”. Os pais podem ensinar seus filhos o credo que quiserem, mas seriam irresponsáveis se não os deixassem conhecer outros.
Lembro que quando lecionava Ensino Religioso (sou um ateu que já foi professor de religião) o fazia de forma imparcial, mostrando que há várias crenças e, inclusive, há possibilidade de não crença. Nesse sentido, a disciplina faria um grande serviço. No entanto, como ela sempre está nas mãos de cristãos, mais particularmente católicos, na maioria das vezes ensina apenas um lado. Mesmo quando o professor leva pessoas de religiões diferentes para falar com os alunos, com o pretexto de se mostrar "aberto", durante o ano o discurso explícito e implícito predominante é o cristão. Nossas escolas, com raríssimas exceções (e posso dizer que trabalho em uma que pertence a essas raras e em outra que faz parte da maioria), celebram as datas do calendário cristão, possuem quadros ou imagens de santos, Nossas Senhoras e Jesus Cristo em suas paredes, promovem momentos de oração (há mais eventos com rezas do que com o Hino Nacional) em que o descrente se sente coagido a participar e possuem mais Bíblias do que outros livros sagrados em sua biblioteca.
Para quem pergunta por que um ateu se preocupa tanto com as religiões, respondo que elas ocuparam boa porção de tempo da minha infância e adolescência. Na idade adulta, continuam invadindo minha privacidade, minha “timeline” nas redes sociais da internet (“quem acredita em Deus compartilha, quem não acredita só olhe”), a porta da minha casa (“tem um minuto para Jesus?”) ou até entram dentro dela (“ponha um copo de água ao lado de sua televisão”), os lugares onde trabalho, as decisões governamentais, etc. Sinto-me, portanto, no direito de opinar sobre elas, afinal, se não as sigo, se digo que não acredito em um ser superior, sou considerado uma pessoa insensível, sem coração e culpada pelos males do mundo. Não posso ignorá-las porque as pessoas fazem questão que não as ignore.
Como as religiões estão tão presente na nossa vida, é normal que continue sendo estudadas nas escolas, porém sob um novo enfoque, de forma neutra. Que o professor não imponha sua crença ou descrença, mas que faça o aluno refletir sobre elas, afinal influenciam nossa sociedade. Se acontecer o contrário, será apenas uma forma de manipular a mente de nossas crianças.
 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O 1º Acampamento de Jovens Lideranças é amanhã em Alcântaras

A Rede de Juventude para Cidadania divulga a sua primeira ação no ano de 2014, para recarregar as energias e planejar novos rumos para os nossos movimentos juvenis na região Norte do Estado do Ceará, o 1º Acampamento de Jovens Lideranças, com a seguinte programação:
Local: Sítio Algodões (casa da Dona Suelly), Alcântaras - CE
PROGRAMAÇÃO
Sábado - 25 de Janeiro de 2014
08:00- Recepção (Mística de abertura);
08:40- Palestra: O papel do Líder;
10:00- Lanche;
10:30- Análise de conjuntura da Juventude do Norte Cearense;
12:00- Almoço;
14:00- Mística de retomada de trabalhos;
14:30- Apresentação das ações desempenhadas nos núcleos da RJC em 2013;
15:30- Lanche;
15:40- Divisão de grupos para os trabalhos (ações a serem desempenhados pelos jovens da RJC, a nível municipal e regional);
16:30- Plenária;
17:30- Encerramento;
19:00- Jantar;
20:00- Noite Cultural.
Domingo - 26 de Janeiro de 2014
07:00- Café da Manhã;
08:15- Avaliação do evento;
08:30- Mística de envio.
Inscrições com um de nossos articuladores. Em Coreaú, Benedito Rodrigues, celular (88) 92149130 email: beneditogr@hotmail.com

A vida não lhe deve nada meu amigo


"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos" (Charles Chaplin)
Por Valdecir Ximenes

Pelo contrário, é você que deve a ela. Não pense que as coisas e a realidade serão bondosos com você. Não pense que as pessoas lhe socorrerão quando você mesmo não se socorre.

Não pense que as pessoas estarão com você se você mesmo não está. Por que ninguém e nem a vida lhe devem nada. É você que deve tudo a sua vida e as pessoas ao seu redor. Você nasceu não para vegetar mas pra fazer a diferença. Por que Deus já lhe deu o mais importante de tudo: lhe deu a sua vida meu amigo. Deus também não lhe deve mais nada.

Este é um conselho definitivo.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Patrimônio Cultural imaterial: Parte II


por Cosma Araújo
 
 Espaços das águas enquanto lugares de memórias.


O rio juazeiro, principalmente nos meses de férias tem recebido muito turista e isso têm afetado a paisagem do mesmo, pois alguns visitantes, deixam jogado as margens do rio, o lixo utilizado por eles, ( garrafas pets, lata de cerveja, copos, sacos etc). E isso afeta, diretamente a vida do nosso tão belo rio e das pessoas que dele usufruem.
 
A importância que o rio tem no Ceará, não e de hoje, pois a ocupação do território cearense se deu, sobretudo, a partir dos rios. Coreaú não foi diferente, na subida dos rios Coreaú e juazeiro, constituíram as primeiras fazendas de criar e de plantar. Assim, o rio juazeiro é um patrimônio que precisa ser preservado e valorizado por todos. 
 
O patrimônio natural também é cultural, pois são lugares, sobretudo de memórias, que remetem a relação do homem com o meio. Remete também, a memoria coletiva e individual. 
 
É nos rios e açudes que as lavadeiras manifestam seu oficio, ensaboam, esfregam, batem, botam para quarar, enxaguam e torcem, depois é só colocar para secar, de preferencia sobre as arvores ou em da cerca mais próxima. Enquanto realizam o processo de lavagem olham as crianças que brincam na agua sem ver a hora passar.

Ainda ligado ao espaço das águas, conhecemos os pescadores, estes que através das conversas inacreditáveis fortalece o imaginário local sobre as aparições durante a pescaria. Além da técnica da pescaria, que lhe e própria. Os rios são espaços de lazer, trabalho, sociabilidades, amizades e namoros.

As crianças brincam no rio.
As lavadeiras lavam e conversam no rio.
Os pescadores pescam no rio
E contam rios de historias.
As vacas bebem no rio.
As meninas namoram no rio.
O Homem vive o rio
E o rio vive no Homem.
 
(Poesia de Cosma Araújo)

Portanto, Patrimônio é tudo aquilo que diz algo sobre nós mesmo, nossa herança deixada pelos nossos antepassados, a nossa maneira de falar, agir e sentir, as nossas festas tradicionais, os monumentos, as fotografias, os documentos dos arquivos, as casas antigas e recentes que possuem importância para nossa história.
 
As casas de farinha, os engenhos, as fazendas, os saberes ligados a esses espaços, o descascador de mandioca, o vaqueiro. Os contadores de histórias como seu Sebastião Viana e suas historias de visagem. Os populares que fazem parte de nossa memória, tais como o famoso Raimundão o homem do café e o Zé da Huga etc. As lendas, da mulher chorona, do lobisomem, do amortalhado, do assobiador etc. Tudo isso faz parte do nosso patrimônio cultural.
 
Como preservar esse patrimônio que é tão rico?

Segundo o IPANH O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo, desse modo, para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. Pode ser transmitido de geração em geração e registrado de diversos meios. 
 
Os livros de registro do patrimônio imaterial se dividem em quatro categorias. Livro de Registro dos Saberes, onde serão inscritos conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades; - Livro de Registro das Celebrações, onde serão inscritos rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; Livro de Registro das Formas de Expressão, onde serão inscritas manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; Celebrações: rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social.

Para que a preservação aconteça é preciso;

- Participação de todos no cuidado constante com o patrimônio.
-As comunidades têm que ajudar na conservação do patrimônio.
-É necessário discutir a questão da preservação com todo mundo.
- É importante levar estas ideias para dentro das escolas para que as nossas crianças cresçam com uma nova visão sobre a sua terra e sua história.
-Através de projetos como oficinas que levem a educação Patrimonial para as escolas, politicas públicas na área cultural que valorize, sobretudo, o Homem em sua dignidade plena. 
 
As pessoas precisam saber que o patrimônio está próximo delas, que tem haver com a realidade que elas estão inseridas, não haverá uma preservação de um bem, se as pessoas não se identificam com ele e não se reconhecem nele. 
 
Não é possível um resgate das tradições, mas é preciso conhecê-las. A História de Araquém, é uma história riquíssima e precisa se conhecida, é necessária o empenho de todos. Necessitamos do apoio da comunidade, das Escolas, associações e principalmente. 
 
Acreditamos que há sempre algo novo a ser descoberto sobre nós mesmos, e que conhecer a história de nossa cidade significa voltar-se para elas mesmas, que o passado está presente, que nós somos sujeitos de memórias e agentes sociais, e que a cultura é dinâmica e diversa.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Os principais Sistemas Operacionais na nuvem para você conhecer e usar


Conforme prometemos aqui nesta publicação, iríamos também postar sobre os principais sistemas operacionais na nuvem, para que além de conhece-los você possa estuda-los e usa-los. Este blog pretende ter essa utilidade também. Passar coisas legais que encontramos na web para os leitores e leitoras para que vocês tomem conhecimento (ou mais conhecimento) e usem das ferramentas que são bem legais e úteis. Essa deve ser a ideia de se usar bem a contento a Internet.

por Valdecir Ximenes

Esse cara está na Nuvem.
A computação em nuvem (cloud computing, em inglês) há pouco tempo era apenas uma tendência, um sonho, hoje é uma realidade. Essa tecnologia permite a realização tanto de tarefas básicas quanto das mais complexas na Internet. É possível criar documentos de texto, planilhas ou fazer a edição de imagens. O sistema que permite rodar aplicativos e utilitários em nuvem, também guarda os dados do usuário, dispensando o disco rígido do computador.
Uma Nuvem carregada.
Os sistemas operacionais (SO) na nuvem estão se popularizando, e mesmo quem não os utiliza já pode usufruir da liberdade oferecida por este tipo de computação. Para quem deseja driblar as impossibilidades do armazenamento local, os SOs na nuvem são uma ótima opção para todo mundo. Eles são o mesmo que é a utilizados online (rodam na nuvem - na Internet) e estão acessíveis por meio de qualquer browser/navegador. Um exemplo é o Cloudo, sistema operacional gratuito que pode ser acessado de qualquer lugar e diversas plataformas, como tablets, smartphones e até televisores equipados com acesso à internet. De aplicativos a arquivos acessados, nada fica na máquina - para serem acessados, basta uma conexão com a web.
A coisa é simples. A computação na nuvem (na forma simples que a conhecemos) é somente uma forma diferente de armazenar os dados. Existem atualmente alguns serviços de computação em nuvem, como Google Docs, Dropbox, Windows Live Hotmail junto a serviços de computação local, como, por exemplo, softwares instalados na máquina local, armazenando dados no HD local. O objetivo desses sistemas operacionais é fazer com que tudo fique na nuvem de forma transparente para o usuário. Todos os softwares utilizados estão na nuvem com os dados, mas o usuário tem a sensação de que está acessando softwares locais.
Vamos elencar alguns deles aqui.
1. eyeOS
É um sistema para escritórios, de código aberto, gratuito e multi-plataforma que utiliza os conceitos da computação em nuvem, baseado na área de trabalho de um sistema operacional. É licenciado sobre a licença GPL. O pacote básico inclui uma estrutura completa de um sistema operacional e algumas aplicações de escritório, como um processador de texto, calendário, gerenciador de arquivos, programa mensageiro, navegador, calculadora, entre outros.
eyeOS é um projeto que iniciou com um pequeno grupo de programadores em Barcelona, (liderado por Paul García) na Espanha. Ele usa os poderes atuais das linguagens HTML, PHP, AJAX e JavaScript para disponibilizar um ambiente de área de trabalho dinâmico e com mobilidade. A diferença para outros ambientes de trabalho é que você inicia a sua área de trabalho e todos os aplicativos do eyeOS de dentro de um navegador de Internet.

2. Chrome OS
Apresentado em novembro de 2009, o Chrome OS era um conceito já explorado por outras empresas: um sistema operacional que roda diretamente na nuvem. O diferencial apresentado pela Google foi a integração completa com seus já consolidados serviços online, como o Google Drive e Picasa. O sistema, no primeiro momento, se assemelha ao navegador Chrome, porém é criado sobre uma variação do sistema operacional Linux, gratuito e de código aberto, e tem todas as suas funcionalidades baseadas em serviços online.

Em maio de 2011, foram lançados os primeiros notebooks equipados de fábrica com o sistema operacional voltado para nuvem, o Samsung Series 5 Chromebook e o Acer Chromebook. Os aparelhos traziam configurações mais avançadas do que as do produto padrão, apresentado no ano anterior. No início deste ano, foi lançada a atualização mais radical para o Chrome OS: sua interface minimalista foi incrementada com elementos mais comuns em sistemas operacionais padrão. A mudança aponta para uma demanda frequente dos usuários, a falta de recursos visuais do sistema. No Brasil, nenhum dos modelos de notebook equipados com Chrome OS chegou às lojas e, segundo a assessoria de comunicação da Google, não há previsão de lançamento.

3. MultCloud

Não é bem um SO, mas é uma plataforma que reúne de forma prática e segura o acesso a múltiplas contas dos principais serviços de armazenamento de dados por nuvem. Com um processo de cadastro rápido e simples, o serviço online funciona diretamente pelos navegadores web.
Cloud Computing (Computação em Nuvem)

A ferramenta possui compatibilidade com os sistemas de armazenamento e compartilhamento de dados Dropbox, Google Drive, SkyDrive, SugarSync e Amazon S3 e foi desenvolvida pela AOMEI Tech. A empresa, fundada em 2010, tem como o objetivo criar softwares que realizem a gestão de partição do disco, backup e restauração, com foco no desenvolvimento tecnológico da Internet e do cloud computing, tendência na década.

4. iCloud

O iCloud é a rede de computação em nuvem oferecida pela Apple. Lançada junto com a versão 5 do iOS – sistema operacional móvel – , a tecnologia integra arquivos do computador Mac ou Windows com os dispositivos móveis iPad, iPhone e/ou iPod touch. Sua função é sincronizar e-mails, favoritos do navegador e músicas, documentos, fotos, vídeos e muito mais.
Ao todo, são oferecidos 5GB de capacidade de armazenamento grátis em dispositivos compatíveis com o sistema. Além de todas suas funções, o aplicativo também consegue rastrear um dos produtos da Apple que tenha sido perdido ou roubado, compartilhando dados de localização dele.
Todas as opções acima oferecem espaço grátis na sua nuvem e também opções pagas para armazenar ainda mais documentos e sincronizar dados com maior número de máquinas.

Agora escolha um (ou uns) deles e comece a estuda-los para que depois faça bom uso deles. Ah sim, menos o iCloud é verdade. Mas tem uma gama de opções igualmente boas e acessíveis.



Patrimônio Cultural imaterial: Parte I


Por Cosma Araújo

Segundo consta na constituição Brasileira de 1988 no Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico- culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

Está dividido em patrimônio material e imaterial, aqui, discorrerei sobre o nosso patrimônio imaterial. Deixo a discussão do patrimônio material presentes em nosso território para outro momento.

Hoje, quando esperava a condução para ir á sobral, um senhor, apelidado pelo nome de canela, falava ele que hoje era dia de Reis e que antigamente, em dias de reis, o Araquém era tomado em festa, “passávamos o dia trabalhando, e quando era á noite víamos correr, brincar aqui na rua”, assim dia o brincante que lembra com nostalgia os tempos de jovem. Mas, afinal o isso tem a ver com o patrimônio?

Assim é o patrimônio cultural imaterial, não podemos vê-lo, muito menos toca-lo, mas está presente na nossa história e nosso cotidiano, mesmo quando parece ter desaparecido como prática, ainda permanece na memória das pessoas. O patrimônio vai além dos bens materiais, ele está presente nas nossas relações cotidianas e se manifesta na relação do homem como o meio em que está inserido. 
  
Dias dos finados no Cemitério de Araquém, dia de reunir os parentes e celebrar os mortos

Ao caminhar pelo nosso município percebemos o quanto o patrimônio está presente, podemos enxergá-lo tanto na arquitetura da casa do coronel, como no senhor que vende suas tarrafas na praça do mercado de Coreaú, o pescador na beira do rio, a lavadeira personagens comum nos rios, lagoas e açudes do munícipio, as chapeleiras, rezadeiras, os profetas da chuva, as oleiras, são eles, mestres dos saberes e fazeres tradicionais enraizados no cotidiano do município.

Rezadeira “Ana Negra” (Foto de Rute Teles)



Modo de produção da Farinha. (fotografia Vera Lúcia)
 
O patrimônio está presente em todos os lugares, lembro-me aqui, da dona Raimunda Pereira, (falecida) antiga moradora da localidade do sabonete. Uma mulher com um conhecimento herdado dos seus antepassados fazia artesanato em Barro, foi com ela que eu minhas irmãs aprendemos a fazer objetos em barro (panelinhas, galinhas, bonecas). Costume comum também, em outras localidades do munícipio, como por exemplo, nas localidades do Boqueirão e Feitoria. Ressalto aqui, a comunidade quilombola de Timbaúba, que merece uma atenção especial, mas que farei em outro momento. 
 
Dona Raimunda Pereira era praticante da umbanda, religião esta, que no Brasil recebeu influência do catolicismo, candomblé, espiritismo e religiões indígenas. Embora, sendo uma religião não muito bem vista pelos vizinhos, é uma prática muito forte no nosso município. E o preconceito que se tem sobre esta religião, se dá, sobretudo, por falta de conhecimento de nossa história gerando assim, uma desvalorização do nosso Patrimônio cultural.

 Praça de Araquém. Fotografia de Cosma Araújo

As praças são lugares de memórias, são nas praças que se constituem as relações sociais, as praças de Araquém são um bom exemplo, a “praça de baixo” e “praça de cima” locais esses, que marcam o cotidiano das artesãs nas tardinhas, fazem seus chapéus enquanto colocam o papo em dia. As praças são Lugares reservados paras as brincadeiras de crianças, subir em arvores, pega-pega, esconde-esconde. Sem falar dos namoros que começam no banco da pracinha e acabam no altar da histórica igreja de Santo Antônio de Araquém. Esta que desde século XVIII realiza cerimonias religiosas no seu recinto. Sabemos que antes mesmo da sua construção, já existia outra capela em construções mais simples, em outro local próximo ao cemitério. Os Festejos de nosso santo padroeiro, por exemplo, é um bem cultural imaterial que permanece até os dias de hoje. 
 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

SOBRE ESCOLAS E SEGREGAÇÃO SOCIAL

por Ed Cavalcante

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Nos acostumamos a ver nos seriados e filmes americanos – estadunidenses, quero dizer – aquela segregação absurda.  Os ricos, bonitos (nos padrões estabelecidos pela mídia) e descolados andam juntos, comem juntos, se divertem juntos e fazem um monte de coisas erradas juntos.  Tem o cara que vai pra escola numa Ferrari e o outro que vai de bicicleta. Todos compartilhando a mesma escola.

No Brasil, no máximo, existe a segregação do visual.  Quase todos da escola pertencem à mesma classe social, o que diferencia os grupos, em tese, é estrutura familiar. Os alunos oriundos de uma família desorganizada, geralmente, apresentam problemas de comportamento, não têm uma roupa legal, um celular legal e, por isso, procuram amigos nas mesmas condições. Às vezes nem procuram, são conduzidos instintivamente para esses grupos.

O mais cruel nessas duas realidades é o fator que determina a diferença entre a grande segregação de lá e a segregação daqui. A qualidade da escola. A maioria das escolas públicas dos Estados Unidos é de qualidade e, por isso, ricos e pobres estudam juntos. A segregação social do mundo lá fora é levada para dentro da escola. No Brasil, em geral, os ricos estão nas escolas particulares e os pobres nas públicas.

Diriam alguns, em contraponto a essa tese: “Mas as universidades públicas brasileiras são melhores que as particulares, pobres e ricos estudam juntos”. Não é bem verdade, sabemos. As universidades públicas são de qualidade mas dentro da instituição existe a segregação de cursos.  Em geral, os mais pobres estão nos cursos ditos “não-nobres”. Os pobres fazem licenciatura – ninguém que almeja um futuro tranquilo quer ser professor - ou entram para um daqueles cursos que apresentam um campo profissional restrito. 

A diferença é visual. Basta uma passada no estacionamento do curso de medicina e observar os carros estacionados. Nos núcleos que concentram as licenciaturas e os cursos menos procurados, os carros são poucos e não são importados. Ou seja, os pobres e os ricos estão juntos na universidade publicas mas segregados “pelas cercas embandeiradas que separam quintais”.

As cotas, as famosas cotas estão mudando esse estado de coisas.  Trouxeram o preconceito, inclusive, para os que não fizeram uso delas. Um negro que ingressou num curso dito nobre, mesmo sem o auxilio desse recurso legal, é sempre chamado – pejorativamente – de cotista.  Já existem estudos que mostram que o desempenho dos cotistas é inferior a o dos outros alunos.  Mas existem outros tipos de defasagens com causas diversas que não foram alvo de pesquisas nem de divulgação na mídia.

A única coisa que falta, para sermos iguais a eles, é os loucos que surtam com esse estado de  coisas e saem matando pessoas num dia de fúria. Ai sim, seremos iguaizinhos a eles.

                                                                                                  Fonte: Jornália do Ed

sábado, 18 de janeiro de 2014

Rock clássico vestido a caráter

por Luciano Ribeiro

Que algumas bandas e músicos do mundo do rock alcançam um alto status, podendo ser chamados de clássicos, não é novidade.

O designer e ilustrador russo Eugène Maskaeff criou uma série de ilustrações com alguns destes ícones para a escola de música High Road Music School, caracterizando-os como legítimos membros da elite da música clássica.

Freddie Mercury, o Flea e o James Hetfield foram os escolhidos para representar o rock sob estas vestes. E, só para comprovar que o caminho inverso ficaria igualmente excelente, Tchaikovsky também foi retratado, como um baterista.

E o melhor, Tchaikovsky prova que é gente boa e curte um bom AC/DC.




                                                                                                       
  Fonte: Portal Homem

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Cinco opções de armazenamento na nuvem para todos nós


Do blog Crônicas do Boqueirão

A nuvem (Cloud) é o símbolo da Internet

Armazenar na nuvem significa guardar na Internet. Não precisamos saber muito sobre computação na nuvem (cloud computing) para colocar a Internet a nosso favor, afinal as pessoas sabem criar e usar e-mails, criar conta em redes sociais e alguma coisa de linguagem de programação (HTML por exemplo). Mas esse texto não pretende ser avançado em computação, pelo contrário, pretende isso sim nos ajudar em nossa vida cotidiana com a Internet que veio em boa hora e faz parte das nossas vidas ou vai fazer muito em breve.

E principalmente para professores, estudantes secundaristas e ou universitários. Trata-se de lugar para você guardar e-mails, documentos, fotos, etc. E você não precisa se preocupar com a questão da segurança e privacidade na nuvem. Precisa até certo ponto. Mas você não sair por ai colocando suas fotos nuas ou uma noite de amor com o seu amor na Internet vai? Se você faz isso então está no lugar errado.

O Crônicas do Boqueirão analisou cinco opções de discos virtuais e vai linca-los para você conhece-los e correr para fazer uma conta em um ou mais deles e deixar de se preocupar sobre onde guardar algumas coisas importantes suas. Vá lá, é bacana.

É o mais popular e dentre os focados em usuários domésticos, um dos mais antigos. Na conta básica o Dropbox oferece 2 GB. Há planos pagos para estender o espaço online (50 GB por US$ 9,99/mês, 100 GB por US$ 19,99/mês), sem falar nos pequenos truques que concedem espaço extra gratuito e realmente funcionam. Digo por que tenho uma conta nele e lá se vão alguns GBs. O serviço é bem competente e o que oferece a maior gama de apps, logo, se o GNU/Linux fizer parte da sua vida, esta é uma das poucas opções com suporte ao sistema do pinguim.

Falando em GNU/Linux e se você usar a distribuição (distro) Ubuntu a coisa vai ficar bem legal para você no quesito armazenamento em disco virtual. A mais popular distro do Linux, o Ubuntu, oferece o Ubuntu One que é um serviço de armazenamento nas nuvens operado pela Canonical Ltd. (a mesma que mantém o Ubuntu). O serviço permite aos usuários armazenar arquivos online e sincronizá-los entre computadores e dispositivos móveis, bem como transmitir áudio e música a partir de nuvem para dispositivos móveis. Uma belezinha, sem dúvidas.

     3. SkyDrive

Até semana passada, o SkyDrive era um disco virtual na nuvem — competente para guardar seus arquivos, pouco prático pela falta de um app para Windows e Mac. Agora ele tem e, na conta básica dá 7 GB grátis ao usuário (ou 25 GB para os mais antigos que fizerem uma dica simples).
Os planos especiais estão entre os mais baratos, começando com 20 GB adicionais, ou seja, somados ao espaço gratuito que você já tem, por R$ 19/ano, até 100 GB por R$ 93/ano. O único contra é a ausência de um app para Android — em sistemas móveis, só tem para iOS (iPhone) e Windows Phone.

    4. Google Drive

É o disco virtual das contas do gmail. Como sabemos há um limite para você usar/enviar por meio do gmail. Acima desse limite você pode mandar pelo Google Drive, que já é um senhor disco virtual. Ele lembra muito Dropbox, SkyDrive e similares, mas conta com alguns recursos legais como pesquisa por imagens e reconhecimento extensivo de arquivos, incluindo os do Illustrator, Photoshop, AutoCAD, vídeos em alta definição, tudo no navegador, sem precisar instalar nada.
O espaço gratuito é de 5 GB e, tal qual os demais, há planos pagos para aumentar isso aí — a partir de US$ 2,49/mês para 20 GB até incríveis 16 TB (sim, amigo, 16 terabytes).

     

     5. SugarSync

 

Contemporâneo ao Dropbox, o SugarSync não tem toda a badalação do concorrente, mas uma característica incomum e muito apreciada por heavy users: sincronia de quaisquer pastas. Nos outros, o programa gera uma pasta e ela serve de ponte entre PCs/smartphones e a nuvem; no SugarSync, você escolhe qual(is) e quantas pastas serão sincronizadas. Outra peculiaridade é o app para Symbian (!), exclusividade entre os analisados aqui.
O plano básico confere ao usuário 5 GB e, a partir dele, há outros três pagos começando pelo de 30 GB a US$ 4,99/mês até chegar a 100 GB por US$ 14,99/mês.

Depois vamos tentar sugerir alguns sistemas operacionais na nuvem que além de bacanas, deve servir como opção para você estuda-los e conhece-los.

PS: Um texto motivador nesse sentido está aqui no PapodeHomem.


Ah, o tempo


por Daiana Rodrigues Lima


Tempo, tempo, tempo.
 
Vivemos presos naquilo que chamamos de horário. Para tudo tem hora. Se você atrasar perderá dinheiro, grandes empregos, enfim...

Falam que precisam organizar o tempo mas como faz-se isso? Vivemos em desordem com aquilo que chamamos tempo. Passamos segundos, minutos, horas, meses, anos, décadas e continuamos vivendo daquilo que nos empoem. Não somos nós que precisamos do tempo, é ele que existe por nossa causa.

Desde os primeiros povos o tempo é marcado mas nada era tão obsessivo como hoje. Naquela época eles marcavam pelas fases da lua ou outros o tempo certo para plantar e colher. Não existia relógio, pelo menos não igual aos de hoje e cada povo tinha sua maneira de marcar o tempo. Eles tinham o tempo para trabalhar e com certeza também tinham tempo para se divertir e nem adianta falar que naquela época era tudo diferente; poderia até ser mas eles tinham família, amigos, costumes...

Cada uma encontra tempo, é só querer, visitar a família, encontrar os amigos, conhecer novas pessoas. Qualquer um pode fazer isso mas enquanto você estiver preso ao horário perderá grandes oportunidades. Oportunidades essas capazes de ti proporcionar momentos maravilhosos.

Todos precisam de dinheiro (isso é fato!) e para isso todos precisam trabalhar e seguir seu horário, até por que o tempo é uma forma de organização. Mas você também precisa saber que dez minutos de gargalhadas te proporciona quarenta e cinco minutos de alegria e você sente-se relaxado; rir faz bem para o coração, melhora o sistema imunológico e manda o estresse para longe. Você não precisa de tanto tempo para sentir-se bem!

Se você passa o dia inteiro trabalhando, a noite pode ver os amigos. Você precisa usar o tempo a seu favor e não ser escravo dele.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O rock n' roll está em crise?


Por Valdecir Ximenes

Cadê vocês, porra?!
Poderíamos começar esse texto como uma pergunta trivial: o que está havendo com o rock? De modo geral (bem geral) não vemos mais a moçada vestindo blusas da Legião Urbana, do The Doors, do Guns, do Engenheiros, etc. Não se vê os jovens se espelhando em músicos do mundo do rock que outrora abalava o mundo com o seu som contestador. O rock parece não ser mais aquela coisa de Woodstock, da geração de 68, o som rock dos anos 80 ou 90, etc. Então o que houve com o rock? Me perdoem fazer essa pergunta mas o rock morreu e ficaremos apenas com o que restou? Não faremos mais rock para continuar a contestação?

Pois bem aqui segue algumas respostas do texto que me inspirou a escrever este.

Isso é ruim?

De jeito nenhum. Tampouco quer dizer que o rock acabou e nem que as pessoas não estão mais ouvindo. No máximo, o rock perdeu força comercial e não está mais sendo, digamos, financiado.
O jabá ainda domina televisão e rádio e engana-se quem pensa que a internet não sofre com isso, bastando ver que as músicas mais tocadas em diversos países são de artistas/grupos que possuem investimento pesadíssimo em divulgação.
Agora, por que ninguém quer bancar uma banda de rock?

O rock n’ roll envelheceu

Cabeludos, camisa preta, Woodstock, milhares de vertentes e ramificações dessas vertentes. O Bono, o Chris Martin, vocalista do Coldplay. Tudo isso remete a mofo, a velharia, a coisa antiga. O rock sempre foi, por essência, jovem. Quando o seu avô curte o mesmo estilo musical que você, quando se tem 13, 15, 17 anos, algo está muito errado.
Pra gente, pessoas entre 25 e 35 anos, parece até legal escutar um som com o avô, mas para a molecada, isso não é transgressor. O rock perde, assim, vivacidade e poder de transgressão, que estão na cerne do estilo musical.

Realmente não era fácil para os pais racistas daquela época ver seus filhos, com as cabeças cada vez mais abertas por influências musicais e intelectuais, dançarem da mesma forma que os negros dançavam. Até aquele momento, o ritmo branco tradicionalista e preconceituoso não aceitava a sensualidade e o suingue dos negros.

Isso não quer dizer que todo rock é velho. Há frescor a todo instante, com bandas novas e novas experimentações. O estilo em si é que é velho.
 
O rock vende… produtos

Novamente, o rock era um som jovem que deixava, até pouco tempo atrás, os adultos de cabelos em pé. Hoje, facilmente vemos dezenas ou até centenas de propagandas que tem como trilha sonora o rock n’ roll.
Ora bolas, se antes as meninas ouviam rock escondidas do pai, se os cristão queimavam discos dos Beatles por serem “mais famosos que jesus Cristo”, se sua mãe mandava rezar uma novena toda vez que te pegava ouvindo um disco do Iron Maiden ou Metallica ou ACDC, Se o grunge era perigoso e tendenciava suicídios, se o pessoal do Planet Hemp foi preso por apologia às drogas, cacete, hoje esse mesmo rock está vendendo carros no feirão de final de semana no pátio da fábrica da Chevrolet!

Em algum momento o rock deixou de ser inclusivo

O rock n’ roll sempre deu voz aos excluídos. Não que eles fizesse m rock, mas sempre falavam pra eles ou com eles. Jovens, trabalhadores, mulheres, indígenas mexicanos. A facilidade em tocar e absorver melodia e mensagem, a catarse de se cantar junto, de se movimentar, de inspirar e cuspir frustração e hormônio sempre foi o catalizador do rock.
Hoje, o rap, o hip-hop, o funk tomaram essas qualidades de assalto. Não confunda “não entendi” com “não gostei”. Se você não gosta desses novos estilos, é porque eles não são para você. Liberdade da sexualidade, o desabafo da violência na cidade, música “fácil” feita deles para eles.
O rock já foi assim um dia.
Hoje, o rock parece ter adquirido um caráter de música elitizada. Quando um intitulado “roqueiro” diz que esses estilos são feitos para as pessoas não pensarem, ele está fazendo o que um pai americano da década de 50 — militar e conservador — fazia quando o rock misturava o country dos brancos com a suingada dos negros.
O rock sempre foi e deve continuar sendo um estilo inclusivo, que atrai pessoas e não que as repelem. Por isso bandas mais experimentar (ou elitizadas, ou arredias ou qualquer adjetivo que quiser colocar) como Radiohead poderia ficar confortavelmente no mesmo estilo que o som bonachão do rock rural que os Raimundos fizeram no começo da carreira.
O rock n’ roll tem até rock pra quem não gosta de rock, como as diversas bandas mais pop como (coloque aqui o nome daquela banda que você acha que nem deveria ser chamada de rock).

No Brasil, não há melhor época para se começar a fazer rock n’ roll

Ninguém tá dando um real pro rock por essas bandas. Atenção, carinho afeto. O rock está abandonado por aqueles que investem em música. Momento ideal para todo o topo de experimentação genuína.
Depois dos Rimundos, toda banda queria soar como Raimundos. Depois de Los Hermanos, toda banda queria soar como Los Hermanos. Por anos, lá fora, roqueiros queriam cantar como o Eddie Vedder ou andar e falar e se vestir como Kurt Cobain. Quando se está em evidência, é fácil demais fazer com que a coisa se repita a exaustão.
Quem o roqueiro vai copiar hoje? O Capital Inicial? Tico Santa Cruz?
O rock está sem heróis e é bom que assim seja. Se for voltar a brilhar para que olhos se voltem para ele e dinheiro seja injetado, que seja com um som feito em casa, daqueles que nego vai ficar alucinado de não ter ouvido antes.
E é só esperar para acontecer.
Guardem o que estou falando.

De minha parte acredito mesmo que o rock já virou o sangue que corre nas veias da música. É o coração que possa em cada um de nós que curte o bom e velho rock n' roll. O rock vive e viverá para a eternidade e pela eternidade.
 
Amém.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Manifesto da IFLA/Unesco sobre Bibliotecas Públicas


A liberdade, a prosperidade e o desenvolvimento da sociedade e dos indivíduos são valores humanos fundamentais. Só serão atingidos quando os cidadãos estiverem na posse da informação que lhes permita exercer os seus direitos democráticos e ter um papel ativo na sociedade. A participação construtiva e o desenvolvimento da democracia dependem tanto de uma educação satisfatória, como de um acesso livre e sem limites ao conhecimento, ao pensamento, à cultura e à informação.
A biblioteca pública – porta de acesso local ao conhecimento – fornece as condições básicas para uma aprendizagem contínua, para uma tomada de decisão independente e para o desenvolvimento cultural dos indivíduos e dos grupos sociais.
Este Manifesto proclama a confiança que a UNESCO deposita na Biblioteca Pública, enquanto força viva para a educação, a cultura e a informação, e como agente essencial para a promoção da paz e do bem-estar espiritual nas mentes dos homens e das mulheres.
Assim, a UNESCO encoraja as autoridades nacionais e locais a apoiar ativamente e a comprometerem-se no desenvolvimento das bibliotecas públicas.

A Biblioteca Pública

A biblioteca pública é o centro local de informação, tornando prontamente acessíveis aos seus utilizadores o conhecimento e a informação de todos os gêneros.
Os serviços da biblioteca pública devem ser oferecidos com base na igualdade de acesso para todos, sem distinção de idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua ou condição social. Serviços e materiais específicos devem ser postos à disposição dos utilizadores que, por qualquer razão, não possam usar os serviços e os materiais correntes como, por exemplo, minorias linguísticas, pessoas deficientes, hospitalizadas ou reclusas.
Todos os grupos etários devem encontrar documentos adequados às suas necessidades. As coleções e serviços devem incluir todos os tipos de suporte e tecnologias modernas apropriadas assim como materiais tradicionais. É essencial que sejam de elevada qualidade e adequadas às necessidades e condições locais. As coleções devem refletir as tendências atuais e a evolução da sociedade, bem como a memória da humanidade e o produto da sua imaginação.
As coleções e os serviços devem ser isentos de qualquer forma de censura ideológica, política ou religiosa e de pressões comerciais.

Missões da Biblioteca Pública

As missões-chave da biblioteca pública relacionadas com a informação, a alfabetização, a educação e a cultura são as seguintes:
  1. Criar e fortalecer os hábitos de leitura nas crianças, desde a primeira infância;
  2. Apoiar a educação individual e a auto-formação, assim como a educação formal a todos os níveis;
  3. Assegurar a cada pessoa os meios para evoluir de forma criativa;
  4. Estimular a imaginação e criatividade das crianças e dos jovens;
  5. Promover o conhecimento sobre a herança cultural, o apreço pelas artes e pelas realizações e inovações científicas;
  6. Possibilitar o acesso a todas as formas de expressão cultural das artes do espetáculo;
  7. Fomentar o diálogo inter-cultural e a diversidade cultural;
  8. Apoiar a tradição oral;
  9. Assegurar o acesso dos cidadãos a todos os tipos de informação da comunidade local;
  10. Proporcionar serviços de informação adequados às empresas locais, associações e grupos de interesse;
  11. Facilitar o desenvolvimento da capacidade de utilizar a informação e a informática;
  12. Apoiar, participar e, se necessário, criar programas e atividades de alfabetização para os diferentes grupos etários.
Financiamento, legislação e redes
  • Os serviços da biblioteca pública devem, em princípio, ser gratuitos. A biblioteca pública é da responsabilidade das autoridades locais e nacionais. Deve ser objeto de uma legislação específica e financiada pelos governos nacionais e locais. Tem de ser uma componente essencial de qualquer estratégia a longo prazo para a cultura, o acesso à informação, a alfabetização e a educação.
  • Para assegurar a coordenação e cooperação das bibliotecas, a legislação e os planos estratégicos devem ainda definir e promover uma rede nacional de bibliotecas, baseada em padrões de serviço previamente acordados.
  • A rede de bibliotecas públicas deve ser concebida levando em consideração as bibliotecas nacionais, regionais, de pesquisa e especializadas, assim como com as bibliotecas escolares e universitárias.
Funcionamento e gestão
  • Deve ser formulada uma política clara, definindo objetivos, prioridades e serviços, relacionados com as necessidades da comunidade local. A biblioteca pública deve ser eficazmente organizada e manter padrões profissionais de funcionamento.
  • Deve ser assegurada a cooperação com parceiros relevantes, por exemplo, grupos de usuários e outros profissionais a nível local, regional, nacional e internacional.
  • Os serviços têm de ser fisicamente acessíveis a todos os membros da comunidade, o que pressupõe a existência de edifícios bem localizados, boas condições para a leitura e o estudo, assim como o acesso à tecnologia adequada e horários convenientes para os usuários, implicando na criação de serviços destinados àqueles a quem é impossível frequentar a biblioteca.
  • Os serviços da biblioteca devem ser adaptados às diferentes necessidades das comunidades das zonas urbanas e rurais.
  • O bibliotecário é um intermediário ativo entre os usuários e os recursos disponíveis. A formação profissional contínua do bibliotecário é indispensável para assegurar serviços adequados.
  • Devem ser executados programas de capacitação de usuários, assegurando a plena utilização dos recursos disponíveis na biblioteca.
Implementação do Manifesto

São instados a implementar os princípios expressos neste Manifesto, os governantes, em instância nacional ou local, em parceria com as comunidades biblioteconômicas ao redor do mundo.
Este Manifesto foi preparado em cooperação com a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA).

                                   Fonte: Sistemas Nacional de Bibliotecas Públicas - SNBP