quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Austrália

Por Marcelo Mascarenhas


Uma ponte e um trilho para ônibus (o-bohn)...ahh eles pensaram também em construir a ciclovia, independentemente do custo da ponte ter sido quase dobrado (1/3 da ponte é para a ciclovia).

Primeiro, quero falar para aqueles que não me conhecem e que estão lendo isso aqui. Eu sou Marcelo Mascararenhas, nascido na Cabaceira (povoado de “três” casas em Coreaú - CE), “estudado” na Escola Raimundo Cardoso (em Boqueirão) até a 4ª Série do Ensino Fundamental (Esquema antigo) e, na Escola Santo Antônio (Araquém - Coreaú), finalizado a 8ª Série. O Ensino Médio foi na Flora Teles do Araquém nos seus tempos de vaca magra (em termos financeiros apenas!). Depois vieram UVA, Exército, Estácio de Sá (RJ) e UFRJ.

Esse processo me levou à Adelaide, Austrália. Acho que é por isso que fui convidado a documentar minhas coisas aqui e minhas coisas no decorrer desse percurso. Que fique claro que tudo que falarei aqui se refere quase apenas à Adelaide e será minha interpretação muitas vezes.

First days in Australia (primeiros dias na Austrália)

Alguma vez já ouvi dizerem que o clima quente ajuda a fazer do Brasil um país agitado de povo meio “desorganizado”. Não sei. Só sei que aqui é quente. Hoje fez 42 ºC. E Adelaide se localiza na parte Sul da Austrália.

Eu saí do Brasil com a ideia de que iria para um país desenvolvido no Hemisfério Sul. E iria entender como isso pode acontecer: como ser desenvolvido.

De fato, eu vim para um país desenvolvido. Austrália é o sexto em extensão territorial, quinto em PIB per capita e segundo em IDH.

Com isso me perguntei: será que essa riqueza vem dos países “explorados” pela Austrália. Entretanto, para ter uma noção inicial, procurei saber das trocas comerciais. As exportações aqui ficam par a par com as importações.  

Contudo, o que tem aqui que faz isso acontecer? É isso que quero mostrar nos textos que seguirão a esse, possivelmente.

Para começar...

Alguns fatos daqui.

Eu comecei a perceber já no primeiro dia aqui que eles respeitam muito o próximo e a ideia de que existe uma lei, um outro e uma postura a se seguir.

Eles trabalham pouco, comparado com os brasileiros. Eles supervalorizam as suas coisas e respeitam o meio ambiente. As pessoas não vivem com essa ideia de capitalismo, democracia, socialismo, comunismo, partido político.... na cabeça, tentando justificar uma ação pela teoria (política) por trás. O poder público existe e trabalha para as pessoas. As obras são pensadas na qualidade de vida dos usuários e não no lucro ou na supervalorização. Só para exemplificar, Adelaide tem 35789 km de ciclovias. Energia solar se expande a cada dia. E eles fazem as casas usando madeira em quase todas as paredes. Eles temem muito as queimadas (Bushfires), que podem invadir e destruir bairros inteiros. A presença de asiáticos (chineses, indonésios, tailandeses, japoneses, vietnamitas...) no ensino superior aqui é massiva. A população nativa (Aborígenes) daqui soma algo perto de 700 mil – Austrália tem em torno de 23 milhões de habitantes. Alguns europeus e latinos americanos também figuram nas universidades australianas. Eles tem o próprio conceito de churrasco (barbecue).

Existem muitos outros fatos. Fico ao dispor dos leitores para assuntos próximos.

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