quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O Céu não comporta mesmice

Se todo céu fosse o mesmo
E toda lua me contasse a mesma história
Ainda assim valeria a pena fita-lo para sempre
Mas sei que a mesmice não se ocupa da imensidão do céu
A mesmice só se ocupa de nós enquanto ilusão
Enquanto ilusão de que tudo continua
Quando, na verdade, nem mesmo nós
Pobres vaidades (diria Pessoa) de carne e osso
Somos mais que uma ilusão passageira
Viajante talvez entre os céus e as terras
Que o Mistério desvela aos poucos e aos loucos
Deste véu chamado ignorância
Através do negror do espaço.

Benedito Rodrigues

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