Por Valdecir Ximenes
Esse
texto foi inspirado em um artigo do Fred Fagundes na revista
PapodeHomem http://papodehomem.com.br/o-que-voce-ja-fez-pra-mudar-ou-pelo-menos-chacoalhar-a-estrutura-politica-na-sua-cidade/
VOCÊ, eu, todos temos
um papel essencial na sociedade em que vivemos. Não somente no papel
social de ser mais um vegetando nesse mundo de meu deus. Mas
essencialmente como atores protagonistas do desenrolar das nossas
sociedades. No agir, se envolver com as coisas, no mudar, ou não, da
coisa toda.
Falar de sociedade é
falar de política e falar de política é falar de sociedade, por
que uma está entrelaçada na outra. E os partidos políticos? Eles
fazem parte naturalmente desse entrelaçamento. Estão conectadas
pelo papel mútuo que se entrelaçam desde a formação das
comunidades mais remotas. Como atores sociais, temos o nosso papel
principalmente importante, na apresentação e discussão de
propostas que mudarão os rumos da nossa comunidade, a saber,
município, estado, país, mundo.
Mas
até aí, nenhuma novidade, né cara pálida? Bom, é assustador a
apatia de nossos contemporâneos perante os problemas essenciais da
comunidade. Por apatia mesmo, por imbecilidade, por falta de
maturidade política, por ignorância (falta de educação, cultura,
etc). Por “um paiol de bobagens”, é certo. O problema é que
estamos vivenciando uma preocupação debilitada de parte das pessoas
que se dizem “preocupadas” com a municipalidade. E isso “cumpáde”
não é novidade. Mas é assustador.
Assim não, cara pálida! |
De parte de quién? |
Além disso, parece que
estamos em ano de eleição. As publicações referentes aos nossos
representantes resumem-se em comentários bobos sobre o passado, a
cidade de onde se é, as mudanças de postura de acordo com os
interesses políticos e críticas desconexas que qualquer pré-adolescentes posta na timeline do Facebook, sem contudo
agregar qualquer alternativa para o problema crucial que se quer
mudar ou apontar saídas. Algo pequeno, razoável, pouco para quem
tem o dever de acender a fagulha que molda a opinião de uma
comunidade.
Esse interesse
às avessas de algumas pessoas é símbolo de mentalidades
cheias de melindres. Melindres políticos é verdade. Mas não há de
errado nisso. O problema é a distorção da crítica. Nítida a
postura/intenção de quem faz isso. É óbvio que utilizar uma mídia
virtual como parâmetro é uma bobagem, mas a falta de ação e
personalidade das ideias políticas existente, por exemplo, nos
“periódicos” da internet reflete na reação de quem é postador
da mensagem: preguiça/incompetência/mesquinharia. E para o
receptor: preguiça. E o mais crítico: falta de cultura e
posicionamento político sábio, que todas as pessoas devem ter por
que vivem em sociedade e como já falei...
Compreendo as
dificuldades. Anos no obscurantismo é de lascar a mente das pessoas.
Cidadezinha miúda tem dessas coisas. Mas estou analisando as nossas
visões de munícipes. As opiniões publicadas em alguns desses
veículos – que são muito importantes, diga-se de passagem - nos
últimos meses são batidas, as análises sem fundamento e as
opiniões absurdamente rasas. A bem da verdade, tem gente que pensa
que política é o mesmo que eleição. E quando chegam as eleições,
pensam que chegou a “política”. Isso é muito ruim para a nossa
sociedade, principal dependente do indispensável tom crítico das
pessoas que a compõem.
Obscurantismo é de lascar! |
De novo, quando falamos
em política, falamos de sociedade. A ideia desse texto é analisar
de modo minimamente crítico essa lacuna que pode ser prejudicial ao
município – a de falta de diálogo entre os munícipes e os nossos
representantes. E o modo que as pessoas encontram para criticar estar
sendo usado de modo chulo e mesquinho. Não tem nada de “perigoso”
em indicar uma alteração na estrutura de uma ferramenta. E não
acho que se deva se esconder por apontar eventuais erros. Muitas
transformações nascem a partir das possibilidades que focam no
debate. Portanto, responda: o que você
já fez pra mudar — ou pelo menos chacoalhar — a estrutura política
na sua cidade?
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