Uma ponte e um trilho para ônibus (o-bohn)...ahh eles pensaram também em construir a ciclovia, independentemente do custo da ponte ter sido quase dobrado (1/3 da ponte é para a ciclovia). |
Primeiro, quero falar para aqueles que não me conhecem e que estão lendo isso aqui. Eu sou Marcelo Mascararenhas, nascido na Cabaceira (povoado de “três” casas em Coreaú - CE), “estudado” na Escola Raimundo Cardoso (em Boqueirão) até a 4ª Série do Ensino Fundamental (Esquema antigo) e, na Escola Santo Antônio (Araquém - Coreaú), finalizado a 8ª Série. O Ensino Médio foi na Flora Teles do Araquém nos seus tempos de vaca magra (em termos financeiros apenas!). Depois vieram UVA, Exército, Estácio de Sá (RJ) e UFRJ.
Esse processo me levou à Adelaide, Austrália. Acho que é por isso que fui convidado a documentar minhas coisas aqui e minhas coisas no decorrer desse percurso. Que fique claro que tudo que falarei aqui se refere quase apenas à Adelaide e será minha interpretação muitas vezes.
First days in Australia (primeiros dias na Austrália)
Alguma vez já ouvi
dizerem que o clima quente ajuda a fazer do Brasil um país agitado de povo meio
“desorganizado”. Não sei. Só sei que aqui é quente. Hoje fez 42 ºC. E Adelaide
se localiza na parte Sul da Austrália.
Eu saí do Brasil com a
ideia de que iria para um país desenvolvido no Hemisfério Sul. E iria entender
como isso pode acontecer: como ser desenvolvido.
De fato, eu vim para
um país desenvolvido. Austrália é o sexto em extensão territorial, quinto em
PIB per capita e segundo em IDH.
Com isso me perguntei:
será que essa riqueza vem dos países “explorados” pela Austrália. Entretanto,
para ter uma noção inicial, procurei saber das trocas comerciais. As
exportações aqui ficam par a par com as importações.
Contudo, o que tem
aqui que faz isso acontecer? É isso que quero mostrar nos textos que seguirão a
esse, possivelmente.
Para começar...
Alguns fatos daqui.
Eu comecei a perceber
já no primeiro dia aqui que eles respeitam muito o próximo e a ideia de que existe
uma lei, um outro e uma postura a se seguir.
Eles trabalham pouco,
comparado com os brasileiros. Eles supervalorizam as suas coisas e respeitam o
meio ambiente. As pessoas não vivem com essa ideia de capitalismo, democracia,
socialismo, comunismo, partido político.... na cabeça, tentando justificar uma ação pela teoria (política) por trás. O poder público existe e
trabalha para as pessoas. As obras são pensadas na qualidade de vida dos
usuários e não no lucro ou na supervalorização. Só para exemplificar, Adelaide
tem 35789 km de ciclovias. Energia solar se expande a cada dia. E eles fazem as
casas usando madeira em quase todas as paredes. Eles temem muito as queimadas (Bushfires), que podem invadir e destruir
bairros inteiros. A presença de asiáticos (chineses, indonésios, tailandeses,
japoneses, vietnamitas...) no ensino superior aqui é massiva. A população
nativa (Aborígenes) daqui soma algo perto de 700 mil – Austrália tem em torno
de 23 milhões de habitantes. Alguns europeus e latinos americanos também
figuram nas universidades australianas. Eles tem o próprio conceito de
churrasco (barbecue).
Existem muitos outros
fatos. Fico ao dispor dos leitores para assuntos próximos.
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