por Valdecir Ximenes
As
tecnologias atuais, quando bem usadas, podem fazer um bem danado. Mas
não é isso, no geral que se observa. As pessoas, notadamente os
jovens, estão fazendo uso errado das tecnologias que estão cada vez
mais acessíveis. Celulares, smartphones, tablets estão sendo usados
por muitos de forma errada. Explico.
Eu
nunca, ou quase nunca uso celular. Tenho um, simples é verdade, mas
sempre o mantenho em casa. Se me ligarem e eu estiver em casa, atendo.
Se não, depois retorno. Considero que essas máquinas devem servir
para as pessoas se comunicarem e nunca impedir a comunicação olho
no olho, a socialização. Observo as pessoas que usam as redes
sociais e fazem com que a socialização se perca ou não exista. É
o domínio da máquina sobre as pessoas, o que é no mínimo
preocupante, mostrando-nos os inconvenientes dessas tecnologias. A
nossa escravidão, nesse sentido.
Não permita que seja assim |
Isso
mesmo. Preocupante. A comunicação/interação/socialização está
se perdendo. Numa mesa as pessoas ficam olhando coisas talvez não
muito interessante nas mídias (pelo menos não muito interessante
quanto uma conversa olho no olho) e não conversam, não se
comunicam, não interagem. Assim a tecnologia que devia vir para
agregar, está sendo usada para separar as pessoas, principalmente os
jovens que tem uma ampla gama de conversas e vivências e deviam
interagir.
E nem assim |
Saber
que existe tantas opções na Internet (isso, com I maiúsculo) e que esses aparelhos podem
nos mostrar o mundo e ver que estamos usando-os para nos dominar é
mesmo muito preocupante. O fato é que o valor dessas máquinas e
tecnologias nunca é diminuído. Estamos isso sim, diminuindo elas, fazendo uso
inadequado do que desejaríamos que nos fosse dado há muito tempo.
Eu fico fascinado perante as facilidades que a Internet nos oferece e
sim, eu tento fazer com que tire o máximo de proveito, mesmo sabendo
que também disperso às vezes. Mas tento ao máximo me policiar para
que a máquina (ou as máquinas) não me domine.
Nós é que devemos dominar a máquina. Saiba que tem moleque fazendo esses aparelhos. Aprendem a programar e criar aplicativos enquanto nós nem usando o trabalho deles de forma correta estamos. E não precisa ser japonês para fazer essas maquininhas e suas múltiplas facetas. Tem que ter o mínino de curiosidade e interesse para isso. Mas não, vamos ficar logado nessa rede social, o segregador e antissocializante, o #medomine.
E ainda alegam que é culpa da tecnologia. Vai saber!
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