quinta-feira, 16 de abril de 2015

Sobre como ser um cidadão de bem

Valdecir Ximenes.

Todo dia eu registro esse acontecimento grandioso. Não é uma comemoração de políticos, de magnatas, nem de empresários. Não é um show da minha banda favorita de rock'n'roll. É algo bem maior; um registro gigantesco, carregado de beleza, um registro de simplicidade: Um homem, uma bicicleta, um cachorro amigo, um trabalho e uma vida. Vida grande, importante, simples, linda.
 
"Não existe grandeza onde não existe simplicidade, bondade e verdade" (Leon Tolstoi)

É que quando vou pra escola em que trabalho quase sempre encontro – indo ou voltando – um senhor de nossa localidade que vem de seu trabalho a 6 km distantes daqui. Todo dia. Lá está aquele senhor já avó, família criada, pra sua labuta cotidiana. A simplicidade ali contida é de encher os olhos de alegria e contentamento pelo empenho daquele senhor que completa o registro com sua singela bicicleta, seu cachorrinho fiel, sua obstinação.

Um cidadão de bem. Uma aula de vida.

Vivemos numa sociedade quase sempre hipócrita que reivindica o título “cidadão de bem” para si. E quase sempre não é nem de longe um cidadão de bem. Aqui, esse senhor, é um cidadão de bem.

A vida em toda sua grandeza: simples.

Vida longa aquele senhor que me ensina todos os dias o que é ser um cidadão de bem.

Obrigado meu professor.

Obrigado professor da vida.

Obrigado mestre da simplicidade.

Obrigado por me mostrar, de forma simples, como ser um cidadão de bem.

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