sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

COMO QUE É O NOME DELE...?

Por Marcos Souza

"Como é o nome dele?!"

 Dia 04 deste mês pela manhã recebi um telefonema de um amigo, era o Valdecir Ximenes. Ao atender, ele mencionou que tinha escrito algo sobre mim em seu blog “Crônicas do Boqueirão”. Fiquei um pouco curioso e fui ler. Deparei-me com: O PROFESSOR ANTÔNIO MARCOS É CONTRA AS SOLUÇÕES FÁCEIS. Confesso que fiquei alguns instantes tentando entender e até fiquei cético se era realmente Eu. Não seria outro Antônio Marcos? Mas não, o danado sabia meu nome completo. Abaixo, seguem algumas linhas rabiscadas ao ler a matéria.

Bom, sinceramente nunca imaginei que meu nome se tornasse título de uma matéria, e muito menos se tais considerações viessem do punho mental de um dos indivíduos mais cultos que conheço: seu nome? Valdecir Ximenes de... bom... é Ximenes de que mesmo? Acho que é... bom, é Ximenes de alguma coisa... como bem escreveu, isso não importa. Ou importa? Portanto, desde já fico muito agradecido pela parte que me diz respeito. Agora tenho de rabiscar algumas linhas. Popular talvez seja uma palavra imprópria para o momento, mas não tem problema.

Quanto aos alunos, todos têm o direito de me caracterizar da maneira que bem entenderem, afinal de contas não somos seres com definição única. Ou melhor, cada pessoa tem a maneira de nos observar e nos caracterizar. Mais qual deles estão certos? Neste momento poderia fazer uma autodefesa, mas não sou eu quem me defino, que diz quem sou, mas as pessoas. Aqui quero rabiscar um pouco sobre a terceira “coisa” levantada pelo Valdecir, em que ele escreve: “o professor Marcos Souza é contra as soluções fáceis”. Aqui, poderia me estender no assunto, mas deixo pra outro momento. Quem sabe? 
 
Saia da zona de conforto!
As resoluções fáceis, não dão muita satisfação, entusiasmo, empolgação. O fácil pertence às mentes fracas. Aquilo que exige pouco de nossa mente, é quase nada. É pouco significante. Ou estou errado? Quem demonstrar que estou ganhará todo o mesmo respeito. Calmem, isso é uma brincadeira, chega de tantos desafios – por hora. Mas vejamos: São as soluções difíceis que nos torna mais competentes, nos faz evoluir, nos leva à metamorfose de nossa mente. Na escola, não devemos achar que tudo é fácil temos de sentir que por detrás de um enunciado, o processo para elaborá-lo foi muito árduo. E se na escola as “coisas” não são tão fáceis, imaginem na vida real, longe daqueles professores chatos que cobram de sua pontualidade, seu respeito para com as pessoas e uma dedicação aos estudos, longe daquelas provas que exigem apenas um processo decoreba. A vida não quer saber se você decorou algo.

Sempre temos que encontrar soluções para os nossos problemas, mas não se deve imaginar que essas resoluções não exigem esforços de nossa parte, mas faz necessário mergulhar e sentir o gosto de nossas batalhas. É bem mais elegante quando se sente que estamos presos a grandes problemas, isso pode nos levar a decisões sábias e isso pode nos conceder revelações. Não são todas as pessoas que direcionam sua vida para o estudo e especificamente em busca de novos horizontes, novos olhares. Sabem por quê? Porque o caminho para alcançar isso não é fácil, não é formulado, mas criado, fortalecido. 
 
Confesso que não foi fácil sair de casa, morar longe de minha família, não foi fácil me graduar em três anos e meio, não foi fácil estudar pra vestibular assim como não foram fáceis várias outras coisas. Agora lhe questiono: e se tivesse sido fácil, teria diferença? Claro que teria. É essa incessante luta – busca árdua – para a resolução dos problemas que nos torna autênticos, forte, resistentes e acima de tudo nos torna vivos. Conscientizem-se que as coisas não são apenas “coisas” prontinhas, elas são processos, isso significa que quem acredita que a nossa vida é composta por “coisas” fáceis, tais indivíduos têm a mente muito mais fraca e medíocre do que a minha. Então, fortaleçam, adaptem-se aos problemas do mundo e as exigências da vida. Esta sempre irá tentar lhe testar e ainda por cima tentar lhe derrubar. Você é apenas uma cobaia da vida. A vida não quer saber se você tem isso ou aquilo pra fazer.

Se o estudo é difícil, acreditem na canção de Belchior: “não se preocupe meu amigo... a vida é realmente diferente, quer dizer, a vida é muito pior”. Pensar, estudar, pesquisar etc. são “coisas” extremamente complicadas e difíceis, como mencionei acima, é por isso que poucas pessoas levam isso muito a sério. Particularmente encaro toda essa problemática como um convite à uma busca pelo conhecimento. Isso aumenta ainda mais o elo que existe entre EU e o DESCONHECIDO. A vida exige muito de mim e de você aí que estar lendo isso. A Química realmente me levou a grandes mistérios, não a “Faculdade de Química” em si, mas sua complexidade. É aqui que se encontram grandes enigmas, vários problemas a serem decifrados. E não pensem que a resolução desses enigmas são fáceis. Confesso que não decifrei nenhum, mas todos estão lá esperando alguém se manifestar. Manifestem-se e encarem a realidade. Despertem desse sono ideológico.

Enfrentem a vida, ela estar à nossa disposição para isso mesmo, não para nos ajoelharmos à ela. Enfrentem-na de acordo com o grau de exigências, criem mecanismos mais resistentes para enfrentá-la sem medo, sem covardia. 

Peito de aço nada. Peito de Kevlar!
Não quero usar a comparação do aço, mas sejam resistentes não como o kevlar, mas como a teia da aranha. Leiam. A leitura é revelação. É construção e desconstrução de pensamentos. É formação humana. A leitura é uma das grandes alavancas de Arquimedes para mover o mundo. Concordem ou não comigo, vocês têm todo o direito, mas não esperem apenas concórdia de minha parte.

Na realidade caro Valdecir, sinceramente não me arrisco a dizer que leio mais do que você, até porque já leu não apenas “Os Irmãos Karamazov”, mas acredito que Dostoievski em si, um escritor muito complexo. Creio que o teu grau de leitura é bem mais extenso que o meu, uma vez que ainda estou engatinhando nas páginas dos livros da vida. A vida exige muito de nós, de nossa imaginação. A leitura nos faz imaginar e Carl Sagan bem nos ensinou que “a imaginação, muitas vezes, leva-nos a mundos que nunca existiram. Mas sem ela não vamos a lugar nenhum.” Imaginem. Criem.
 
A despeito de tanta referência, ei-lo.
 

Aprendi duas coisas básicas ao ler a matéria: a primeira é que meu grau de leitura é muito baixo e segundo, EU NÃO SEI O NOME COMPLETO DO VALDECIR XIMENES. Nunca imaginava que um dia eu iria necessitar desta informação. Portanto, busquem informações e saibam utilizá-las.

PS: Algumas partes do texto do Marcos Souza estão conforme o original pois não conseguir tirar a formatação que veio, mas a formatação que está aqui não compromete a ideia do texto do autor! 
 

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