quarta-feira, 5 de junho de 2013

E de repente os amigos se fizeram inimigos....


Entrei para o “colegiado” dos professores este ano e não posso quantificar o quanto eu tenho tido satisfação por estar sendo professor. Obviamente toda vida, depois que tomei ciência e consciência das coisas, eu fui um observador critico e engajado na luta pela educação e em consequência, pelos direitos dos profissionais da educação, quais sejam, professores, diretores, quadro pessoal das escolas. Via de regra, também fiz questionamentos e mantive minha posição perante as lutas essenciais do movimento estudantil.

Mas coisas estranhas me ocorreram depois que passei a ser professor. De repente, em vez de mim considerarem mais um para se somar e fortalecer a luta da “irmandade” dos professores, alguns dos mesmos, que outrora se mostravam “amigos”, agora viraram “inimigos” pessoais. Por exemplo, um carismático professor de matemática, que foi meu professor de tal disciplina (prefiro chama-la de ARTE), de quem admiro com extremo respeito, uma vez que o mesmo me ensinou matemática com genuínos entusiamo e competência, que demonstrava muita amizade e gentileza, agora me ignora completamente. De onde quero pensar, embora de maneira não deliberada, que era apenas demagogia política, visto que até onde sei, o mesmo sempre fez “politica” nos bastidores.

“Santa dor de cotovelo”, diriam alguns. Seguramente não teria necessidade de eu dizer isso aqui, mas considero ser um ponto de reflexão para pensarmos as eventuais amizades mais distantes e uma vez mais analisarmos a amizade decorrente da relação professor-aluno. Se ela é realmente sólida e verdadeira. Ou se terá terceiras intenções envolvidas, como quase sempre há. E considerando que o tempo passa bem depressa, se a amizade persiste até aqueles nossos alunos se tornarem também nossos colegas de profissão.

De resto, ser professor tem vantagens e desvantagens como qualquer outra profissão. Há mais vantagens do que desvantagens, certamente. Mas uma desvantagem grande é “perder” eventuais amizades de seus ex-professores, seguramente!

Valdecir Ximenes, professor de Matemática (7° a 9° ano), na Escola São José, Mota.

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