Sou
um profundo crente no poder da educação. E sou um resoluto admirador dessa
capacidade que a educação tem de transformar o mundo. Mas quanto à escola tal
qual a temos e conhecemos, com sua característica burocrática, tecnocrata e
formadora de pessoas alheias a sua condição de pessoa que tem a capacidade e o
poder de transformar o mundo, aí eu não sou nem um pouco fã. E todos sabem que
a escola e educação não são a mesma coisa.
Esse vídeo do Pink Floyd pode representar
somente uma crítica a escola autoritária inglesa mas também é uma proposta de
desescolarização
A
escola é um local amado por uns e odiado por outros, e por segundos e terceiros
nem tanto. Não faz diferença a escola e a falta dela pra alguns. A escola pode
inclusive ser o lugar mais chato e tedioso do mundo e o é se deixarmos. Apesar
(felizmente) de termos professores (e os outros profissionais da educação) competentes,
bem-intencionados e comprometidos com a educação e a emancipação dos seus
alunos (e principalmente de seus estudantes – aqueles ávidos por conhecimento e
cultura), a escola caminha a passos de tartaruga. E isso desde muito bem tempo.
E pelo andar da carruagem, vai continuar andando, mas não a passos de
tartaruga, e sim a passos de lesma ou preguiça.
Mas
acredito na capacidade e criatividade humanas. Muita gente acredita e eu sou um
desses ferrenhos que acredita em todos nós. Acredito mesmo no poder criativo
humano e é isso que impulsiona os que ainda acreditam na educação (ou mesmo na
escola), mas fundamentalmente na educação que abre portas para nós adquirirmos
conhecimento, cultura, cidadania, ciência e artes. Entendermos e fazermos
música. Criarmos e inventarmos, etc. Isso nos move.
Pois
bem. Mas por que a desescolarização. A escola tal como a conhecemos é uma
prisão. Ou pelo menos se parece em muito com uma. Mas no geral, a escola
institucionalizada e burocrática é uma castradora de sonhos, de talento, de
ânimos.
Trabalho
em escolas a um bom tempo. Acredito na capacidade de cada um de meus alunos e
alunas. A escola é o meu ganha-pão. Não preciso dizer que acredito na educação
como peça basilar da construção e manutenção da civilização. Já disse isso. Mas
a escola, meu amigo, é outros quinhentos. Vejo que a escola (falo desta escola
institucionalizada) é mesmo um tiro no pé. Ou um tiro pela culatra. Apesar de
ela ter o presente e o futuro de nossa nação que são os alunos e estudantes.
Pois
bem de novo. Não concordo parcialmente que a escola seja terminantemente
acabada, destruída como propõem os pensadores da desescolarização. Mas sim
mudada radicalmente. Devemos dar-lhe o brilho necessário para que ela seja a
feitora da educação que nos muda.
Mas
por que dizer que a escola é castradora de seus meu companheiro? Por que é,
pura e simplesmente. Conheci amigos talentosos que passaram pela escola junto
comigo. Tinha talento para desenhos, para cinema, para teatro, para música
(instrumentos) e a mesma escola nunca os descobriu ou não se interessou em
fazê-lo. Passaram batido. Eram (e são) pessoas que se dado a devida atenção
seriam hoje cartunistas, desenhistas, cantores, instrumentistas se a escola
fosse o lugar que se propõe ser. Ou seriam cineastas como Steve Spielberg.
Talvez não. Mas talvez sim! |
Ok,
talvez nem tanto, mas convém acreditar que sim. Então, o que a escola oferece?
Ela oferece cinema, música, arte, cultura, já que ela não nos insere nisso? Ela
não dá. Ela tira, entendeu meu chapa?! Ela oferece professores e outros
profissionais mal pagos, mal reconhecidos e outros cansados, desanimados e
aflitos. E tantos que deviam estar fazendo qualquer outra coisa (se a escola
funcionasse), menos estar dando aulas!
Enfim,
a discussão não se esgota e eu mesmo vou estudar guitarra. O Slash, que odiava
a escola, vai se ver comigo e minha Tagima. Ah, vai!
Eu começando, mas no Baixo (O Slash não mas o Duff...)! |
Pois
bem novamente e fim. E ponto.
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