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Mesmo não aguentando, quero mais! |
Gostei de sua indagação, sua revolta ou até
mesmo um insulto meu caro Valdecir. Realmente nossos amigos, muitos
se enveredaram, encontraram outros rumos onde talvez lhes tragam mais
conforto, sossego e status, uma vez que, somente este ultimo
predicado é possível, até porque numa sociedade capitalista:
Conforto e sossego é apenas uma simulação.
Nesse sistema o "justo é sempre o injusto",
pois é, apesar de ser um trocadilho, mas é justo. Ser justo é uma
questão de honra, sei que não é fácil continuar na luta por uma
sociedade igualitária e justa "justo", quando você já se
igualou à uma nível mais elevado daqueles que lutam! Até porque
quem vai à luta é quem sente à falta, sei também que é difícil
dizer não quando a oferta é bem maior, é difícil ir mais além,
quando o horizonte está logo aqui, é difícil ser graduado em
licenciatura e resistir ou desejar um concurso de bacharel que lhe
dará um cargo de valor bem elevado em relação ao de professor,
assim como: banco, caixa econômica, previdência social ou qualquer
outro órgão superior que lhe garanta renumerações acima de R$
3.000.
O nosso sistema nos impulsiona a fazer coisas que
sempre afirmamos ser contra, ou disfarçamos ser contra. Ele nos
induz a ser cruel com os outros e consigo mesmo, ele nos induz a
procurar o mais fácil e à curto prazo. Por uma questão de
necessidade somos obrigados a fugir de nossas realidades, em vez de
sermos felizes em uma simples casa: preferimos uma casa no mínimo
luxuosa! Com a necessidade de deslocamento: preferimos uma gloriosa
Ferrari, uma SW4 ou um camaro! Uma vez que, esse deslocamento pode
ser feito pelo um lindo e simples fusca, diga-se de passagem, pois
sou fascinado por fusca. Temos também a necessidade de trabalharmos
para sobrevivermos, e é nessa situação que ficamos em uma saia
justa, precisa-se de transporte para fazer esse deslocamento até o
trabalho. E ai? Fazer o que? Poucos tem condições de comprar um
carro, uma moto nova! Uma moto que seja legal é claro! Pois motos
cheio de complicações tem é muito pelo ai, e tem um preço bem
agradável! O problema é a “ilegalidade”! Mas fazer o que? É
preciso optar por essa alternativa. É racional? É lógico que não!
Fiquei muito grato meu caro Valdecir, quando você
questiona pelos os demagogos ambientalistas. Cadê eles? Isso é bem
verdade! Cadê aqueles que se diziam ou ainda dizem ser defensores da
natureza? O que fazem eles fora desses discursos? Porque esses mesmos
utilizam equipamentos totalmente prejudicial a mãe natureza?
Equipamentos esse que são feitos da pura matéria-prima! Porque não
se contentam apenas com um desses? Porque esses mesmo passam “horas”
no chuveiro? Fazem críticas ao desmatamento, mas nunca plantou uma
árvore ou ajudou pelo menos à regar? Porque não adotam um simples
gesto de fechar uma torneira quando a vejam aberta e derramando
água? Será que suas “atividadezinhas cotidianas” tem mais valor
do que nossa escassa água? Porque esses com esses discursos ainda
continuam à matar os animais que estão em extinção? Porque matam
as coitadas das cobras que já existem poucas? Essas não são tão
más igualmente o homem! Elas só ataca para se defender. Porque
matam as aranhas, escorpiões, mosquitos e marimbondos? Uma vez que,
esses dois últimos não estão em extinção! Pois no Boqueirão tem
para dar e vender! Acabar com eles não tem quem consiga, pois se
reproduzem muito rápido. Ecologicamente falando, não sei se matar
esses insetos é crime ambiental, talvez não seja uma atitude
racional! Sei que muitos agem por extintos naturais, ou seja,
eliminam esses insetos pelo um ato de defesa, certamente a pessoa foi
picado ou alguém por perto foi picado naquele momento, mas sei
também que outros eliminam por pura covardia.
“O homem é mal por natureza” afirmava
Maquiavel, ele agi em prol da riqueza, do sucesso, para ele não
interessa os outros, o essencial é o dinheiro, estava certo Karl
Marx quando afirma que “O dinheiro é a essência alienada do
trabalho e da existência do homem; a essência domina-o e ele
adora-a”, o homem é uma massa de modelar, e quem modela é o
dinheiro.